terça-feira, 4 de novembro de 2014

O direito de morrer



A efemeridade da vida e suas complexidades estão em pauta constante desde que Brittany Maynard, uma jovem de 29 anos, diagnosticada com glioblastoma (tumor cerebral extremamente agressivo), trouxe a público sua decisão por suicídio assistido. Ao saber que estava em fase terminal, Maynard decidiu se mudar de São Francisco, na Califórnia, para o Oregon, um dos cinco Estados americanos onde essa prática é legalizada. Desde então, ela se tornou ativista no assunto e viral na internet até o dia que escolheu para morrer, em primeiro de novembro de 2014.

Brittany Maynard

O suicídio assistido envolve o auxílio a alguém que não consegue realizar o ato sozinho. Esse auxílio envolve ajuda psicológica e prescrição de doses letais de medicamentos. No documentário “Como morrer em Oregon” (2011), primeiro estado americano a legalizar a prática, que o indivíduo que possui interesse em abreviar sua vida passa por avaliação médica e deve ser alguém diagnosticado com uma doença incurável que o levará a morte em seis meses. Já em países como a Suíça, não existem restrições com relação ao estado de saúde.

Esse tema esbarra em questionamentos religiosos (Somente Deus pode tirar a vida) e morais/ éticos (médicos não podem fazer algo que leve o paciente à morte, mesmo com consentimento deste), fazendo com que as pessoas repensem acerca do final de suas vidas. Para refletir melhor sobre o assunto é necessário empatia. Como julgar um ser humano em estado terminal, acometido de uma grave doença, e que provavelmente perderá sua autonomia e sentirá dores insuportáveis, que opta pelo suicídio assistido?  

Trata-se de uma situação irreversível e com certeza, uma decisão muito dolorosa que diz respeito à pessoa que se encontra nas circunstâncias citadas. É claro que, é importante haver critérios para que o suicídio assistido seja concretizado em um país. O direito à vida está diretamente ligado ao direito de morrer com dignidade.


Trailer do documentário "Como morrer em Oregon" de Peter Richardson:






Joyce Pinheiro, acadêmica de Jornalismo na Universidade Castelo Branco






2 comentários:

  1. Ótimo artigo Joyce e bem escrito. Atenção, a partir de 'O suicídio assistido...' vc já pode abrir um novo parágrafo. Além de encurtar o primeiro, arejando o texto, vc muda de tema: deixa de falar do seu personagem para explicar a prática e falar do filme.

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  2. Obrigada professora. Na verdade, 'O suicídio assistido...' é aonde começa meu segundo parágrafo. É que fiz o texto no word e na hora de copiar para cá deu erro.

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